Al qaeda
A Al-Qaeda (a base) é uma organização terrorista que pretende eliminar a influência ocidental nos países muçulmanos para no seu lugar instalar uma sociedade baseada no fundamentalismo islâmico. Nesse sentido incita a uma jihad (guerra santa) global para derrubar regimes de países de população predominante árabe ou muçulmana que considera corruptos ou anti-islâmicos. O objetivo é criar uma nação única muçulmana regida pela sharia (a lei islâmica). Países como os Estados Unidos da América são considerados inimigos porque impedem a criação da nação muçulmana ao tornarem-se aliados de governos considerados corruptos.
A organização terrorista Al-Qaeda teve a sua origem no Afeganistão, por altura da invasão desta nação muçulmana por parte da União Soviética em 1979. Osama Bin Laden, um saudita que viria a ser o líder da organização, foi um dos muitos muçulmanos deslocados para o Afeganistão para combater os invasores soviéticos. Ele próprio se auto-designou líder da jihad, tendo coordenado o grupo que orientava as brigadas muçulmanas internacionais que combatiam no Afeganistão.
Em 1989, ano em que os soviéticos retiraram do Afeganistão, Bin Laden formou a Al-Qaeda, rodeado por combatentes afegãos mujaedines. Nesse mesmo ano, regressou à Arábia Saudita, onde em 1991 se opôs à presença das tropas norte-americanas durante a guerra do Golfo. Em abril desse ano mudou-se para o Paquistão, de onde passou em 1992 para o Sudão, uma nação que seguia à risca o islamismo.
Até 1996, Bin Laden, suportado pela sua imensa fortuna pessoal, formou uma enorme rede terrorista internacional, com células e elementos em cerca de 45 países. Desde 1992 tinha montado vários campos de treino no Sudão e pouco depois a organização começou a atuar. A Al-Qaeda diz ter sido a responsável por um ataque a pessoal norte-americano no Iémen, em 1992, e alega ter participado no ano seguinte numa operação contra tropas americanas em Mogadíscio, na Somália, que causou 18 mortos.
No entanto, o