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Manuel Lopes da Fonseca, filho de Carlos Augusto da Fonseca e de Maria Silvina Lopes da Fonseca, nasceu em Santiago do Cacém, a 15 de Outubro de 1911, mas cedo veio para Lisboa, onde iniciou a sua vida literária.
Após ter concluído o ensino básico, prosseguiu os seus estudos em Lisboa, onde frequentou o colégio Vasco da Gama, o Liceu Camões, a escola Lusitânia e a escola de Belas-Artes, tendo-se dedicado ao jornalismo. Em 1925, publicou os seus primeiros versos e narrativas, num seminário de Santiago, o Periquito. Em 1937, casou com Matilde Cândido Matias e publicou o poema Santas de Sofrer nos cadernos da juventude, em Coimbra. Mais tarde, publicou o seu primeiro livro, Rosa dos Ventos (1940) e, por outro lado, iniciou-se na ficção com a publicação dos contos Aldeia Nova (1942). Ligado ao Neo-realismo, retratou o povo e as dificuldades presentes na região do Alentejo. Poeta, contista, romancista e cronista, alentejano de alma e coração, fez da escrita uma arma de intervenção política e social, sendo as suas obras consideradas um grito de protesto e revolta contra os opressores e um apelo á solidariedade.
Em 1945, aderiu ao MUD – Movimento de Unidade Democrática e, mais tarde, integrou a comissão distrital do MUD de Lisboa (1947). Por outro lado, em 1951, integrou o Comité Nacional da Defesa da Paz. Mais tarde, em 1965, a Sociedade Portuguesa de Escritores atribuiu o Prémio de Novelística a Luandino Vieira, sendo que, Manuel da Fonseca fez parte do júri. A 22 de Maio desse mesmo ano, foi preso pela PIDE, acusado de actividades contra a segurança do estado. Com efeito, é detido em Caxias e submetido a vários interrogatórios. Em 1972, casou com Arlete Mendes de Brito Ventura e em 1983, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada. Por último, em 1985, casou com Hermínia de Jesus Matos e em 1993, a 11 de Março faleceu no Hospital de S. José em Lisboa, para onde foi transportado de urgência, após ter dado uma queda na