Neste primeiro artigo, A Sociedade da Informação – A Criança com Deficiência e as Novas Tecnologias, os autores refletem sobre o papel que as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação desempenham nesta nova sociedade que emerge baseada, essencialmente, no correto processamento da informação e na constante aquisição e atualização de conhecimentos. Esta sociedade da informação, como é apelidada pelos autores, decorre de um mundo globalizado em que tudo acontece rápido e de uma forma exigente. É um novo mundo, cada vez mais dinâmico, que oferece muito, mas que exige na mesma medida, podendo mesmo ser responsável por grandes cisões sociais e económicas, caso o indivíduo não adira a uma formação constante ao longo da vida. Urge, portanto, preparar todos os cidadãos, sem exceção, para esta nova realidade e, neste particular, segundo os autores, a escola deve assumir um papel de extrema relevância, pois trata-se de um espaço privilegiado pelo qual todos os cidadãos passam obrigatoriamente numa determinada fase da vida. Uma sociedade de informação, tal como já foi referido, deve permitir um novo manancial de oportunidades a todos os cidadãos. Professa, portanto, a igualdade de oportunidades para o cidadão comum, mas também para o cidadão portador de deficiências, derrubando, desta forma, barreiras existentes, sejam elas físicas ou de outra ordem. Hoje, com a relativização dos conceitos de tempo e espaço, ganharam importância as competências autonomia e gestão do tempo. O produto final sobrepõe-se, igualmente, ao processo. Consequentemente, é possível estudar e trabalhar hoje sem a obrigatoriedade de uma deslocação física ou de um cumprimento de um horário, o que contribui para uma perfeita inclusão de alguns portadores de deficiência no sistema educativo e, posteriormente, no mercado de trabalho. A partir de casa ou de um outro espaço qualquer, pode-se comunicar e trabalhar com alguém que esteja na outra ponta do mundo, e tudo isto graças às novas tecnologias. Este