AIDS
A infecção primaria pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é a causa subjacente da AIDS. O HIV invade o núcleo genético das células CD4+, células linfócitos T-helper, que são os principais agentes envolvidos na proteção contra a infecção. A infecção pelo HIV causa depleção progressiva de células CD4+, o que eventualmente leva à imunodeficiência.
A infecção pelo HIV progride através de quatro estágios clínicos: Infecção aguda, latência clínica, infecção sintomática pelo HIV e progressão do HIV para AIDS. Os dois principais biomarcadores utilizados para avaliar a progressão da doença são o acido ribonucleico (RNA) do HIV (carga viral) e a contagem de células T CD4+ (contagem de CD4).
A infecção aguda pelo HIV é o tempo de transmissão do HIV para o hospedeiro até que ocorra a produção de anticorpos detectáveis contra o vírus (soropositividade). Metade dos indivíduos experimenta sintomas físicos como febre, mal-estar, mialgia, faringite ou aumento dos gânglios linfáticos em 2 a 4 semanas. Por causa das características clínicas inespecíficadas e da janela diagnóstica curta, a infecção aguda raramente é diagnosticada. A soropositividade ao HIV ocorre no período de 3 semanas a 3 meses após a exposição. Se o teste de HIV for feito antes de ocorrida a soropositividade, pode resultar em “falso negativo”, apesar de o HIV estar presente. Durante a fase aguda, o vírus se replica rapidamente e causa declínio significativo na contagem de células CD4+. Eventualmente, a resposta imune viral atinge um ponto de ajuste, no qual a carga viral se estabiliza e a contagem de células CD4+ se aproxima do normal.
Em seguida, há um período de latência clínica ou de infecção assintomática pelo HIV. Evidencias adicionais da doença podem não aparecer até 10 anos após infecção. O vírus ainda esta ativo e replicando-se, embora em uma taxa menor em comparação com a fase aguda; a contagem de células CD4+ continua a declinar constantemente. Cerca de 3% a 5% dos