Aids e Mídia

A Prevenção Vista pela Mídia

A mídia funciona como excelente indutora da compra de bens de consumo, mas não determina com a mesma facilidade a adoção de condutas desejáveis, como, por exemplo, o uso da camisinha. Serve, porém, para pautar maciçamente o tema e para a transmissão das informações tecnicamente corretas acerca de modos e atitudes de prevenção.
A construção da confiança, da identidade com o próprio corpo e a necessidade de saber mais a respeito da sexualidade fazem com que a classe médica e a própria mídia tratem do tema como algo normal do ser humano, quebrando os tabus muitas vezes encontrados sobre o assunto. Essa mudança em relação à informação sobre o sexo seguro faz com que as pessoas sejam estimuladas a recorrer à ajuda profissional.
Como foi observado na leitura dos jornais pesquisados, 39% de todas as matérias sobre saúde sexual do jornal O Globo e 26,3% das do jornal O Dia enfocaram a prevenção como principal forma de impedir a propagação das DSTs/AIDS. Esse dado mostra que a imprensa está empenhada na campanha de prevenção das DSTs/AIDS, destacando o uso do condom em todas as matérias em que o assunto é prevenção.
A mídia é uma das melhores formas de estimular a interação do público com a informação veiculada, pois expõe experiências e anseios individuais, além de contextualizar e favorecer a criação de mecanismos de identificação. Nesse contexto, a divulgação de informações através dos meios de comunicação de massa tem sido reconhecida como fator auxiliar importante aos órgãos públicos e privados, uma vez que, mantendo os temas em pauta, consegue atingir parte da população.
A falta de informação sobre como e onde conseguir tratamento gratuito pode ser considerada uma barreira até mesmo para as pessoas que têm consciência da gravidade do problema e desejam se tratar. Muitas vezes, quando o paciente de baixo poder aquisitivo consegue ter acesso ao medicamento, a doença já evoluiu para outras mais graves, o que pode dificultar o