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Águas Claras
O geógrafo e professor da Universidade de Brasília Aldo Paviani, especialista em planejamento urbano, atribui a maioria dos problemas de Águas Claras à mudança de gabarito, que, segundo ele, “desfigurou” a cidade. “Se todos os moradores tirassem os seus carros na mesma hora, não caberia nas ruas. É um absurdo o que aconteceu em Águas Claras, deturparam o projeto original para permitir espigões de mais de 30 pavimentos. Era óbvio que a infraestrutura não seria suficiente para tanta gente”
A grande vantagem do bairro era a proximidade com a linha de metrô, que levaria a comunidade até o centro de Brasília e a outras cidades próximas, como Taguatinga e Ceilândia. Mas hoje os vagões não suportam mais toda a demanda e, nos horários de maior movimentação, especialmente no início da manhã, os vagões circulam lotados.
O presidente da Associação de Moradores de Águas Claras, Carlos Neto Mendonça, afirma que vai lutar pelo remanejamento desses postes, assim como pela conclusão das obras de urbanização da área. No prédio onde vive o líder comunitário, não há galerias de águas pluviais, e a água da chuva precisa ser jogada na rua, o que causa um grande desgaste na pavimentação. “Há várias quadras sem sistema de drenagem, o governo não deveria ter feito o asfalto antes de terminar de construir todo o sistema de captação”, reclama. A Secretaria de Obras informou que realiza a construção da drenagem das ruas Babaçu e 31 Sul.
Outro problema é que algumas das construções públicas realizadas não seguiram as normas e se transformaram em empecilhos à circulação. A acessibilidade em Águas Claras é muito criticada e dificulta o livre trânsito de portadores de necessidades especiais. Em toda a cidade há postes de energia elétrica instalados no meio da calçada. Rampas com inclinação inadequada também podem ser encontradas em quase todas as quadras.
Águas Claras tem mais de 135 mil habitantes e nenhuma delegacia de polícia ou quartel do Corpo de Bombeiros. A