Festival Águas Claras
O Festival de Águas Claras foi um evento musical que contou com importantes músicos brasileiros e teve quatro edições, em 1975, 1981, 1983 e 1984. O festival foi feito na Fazenda Santa Virgínia, na cidade de Iacanga, interior de São Paulo.
Os organizadores chamaram o evento de "uma grande quermesse brasileira", comentário absolutamente válido contando que participaram músicos de rock 'n' roll como Raul Seixas e Apokalypsis e MPB, como João Gilberto, Egberto Gismonti, entre muitos outros. O Festival de Águas Claras é o grande sinalizador do fim da época do movimento hippie, a era Flower Power. Uma grande reunião de pessoas celebrando a Paz e o Amor, clamando por um mundo justo e pacífico.
Para as pessoas que lá estiveram tudo parecia ser um sonho onde as elas se reuniram para celebrar um momento de paz, de amor e de liberdade. Famílias com crianças, adeptas ao nudismo, hippies e jovens que respiravam Jimmi Hendrix curtiam sons com pitadas de Arthur Moreira Lima a Raul Seixas.
Um prenúncio a democracia
Apesar das adversidades políticas naquela ocasião, nenhum incidente fora registrado. Mas tantos os jovens como os artistas deixavam sua mensagem, seu grito de protesto. Se o Woodstock, nos Estados Unidos, ecoava gritos contra a Guerra do Vietnã, no Brasil, os ecos eram a contra o regime militar instaurado no país desde 1964.
Algo surrealista
Era algo surrealista que contrapunha os valores culturais de uma geração. Sob calor, chuva e lama e muitos amores, jovens rolavam noite adentro assistindo aos grandes shows que aconteciam. Os artistas eram transportados por tratores do hotel, onde estavam hospedados, até o palco do show.
Todos que foram têm sua história, suas aventuras e guardam esses momentos como os melhores de suas vidas. O astral que aureava o festival tornava-o especial. Artistas queriam se enfiar lá para dar sua palhinha. Foi uma verdadeira quermesse musical. Imagine isso: até João Gilberto foi lá -