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Diante deste cenário, de transição da década 1960 a década de 1970, representou, além da Reforma Psiquiátrica no Brasil, o início da Reconceituação do Serviço Social. As mobilizações sociais somadas às inquietações dos assistentes sociais diante da realidade conflitante trazem à tona a crise enfrentada pela profissão. A partir da impossibilidade, cada vez mais evidente, de se intervir profissionalmente de forma objetiva no saneamento ou eliminação das situações de ‘carência’ da população cliente, o Serviço Social refugia-se cada vez mais numa discussão interna de seus elementos técnico-metodológicos (IAMAMOTO e CARVALHO, 2008, p. 365).
Através das mobilizações, surgem instituições de organização da sociedade civil e da categoria, como por exemplo, a Legião Brasileira de Assistência (LBA), o Conselho Nacional do Serviço Social, o Serviço Social do Comércio (SESC), no entanto, ainda com base nas atividades assistencialistas e conservadoras, a serviço dos interesses do capital.
Para Faleiros (2005) o Movimento de Reconceituação significou a ruptura com o Serviço Social paternalista ou meramente desenvolvimentista. Embora as instituições, a LBA e o SESC, não caracterizarem o Serviço Social já reconceituado, foram justamente essas manifestações contraditórias, que impulsionaram a reflexão sobre as formas de representação do Serviço Social, e nos anos que se seguiram, abriram horizonte para o acontecimento de mudanças significativas.
Deste modo, a partir de agora, o trabalho do assistente social respira a oportunidade de mudança concreta, e se restabelece no enfrentamento das questões sociais com sustentação na defesa dos direitos e no compromisso profissional com a promoção da justiça, equidade e cidadania.
O Serviço Social é uma área de conhecimento voltada para a compreensão e estudo das relações e comportamentos dos sujeitos entre si e em sociedade, o