Agrotóxico
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Ciências Agrárias
Departamento de Fitotecnia
Curso de Agronomia 2009/1
Disciplina: Ecologia Agrícola FIT 5303 Turma A
Professor: Cesar Assis Butignol
Aluno: Anderson Luiz Romão
Matrícula: 09186005
AGROTÓXICOS NO BRASIL – UMA CULTURA NACIONAL
Florianópolis, 14 de junho de 2010.
Para que possamos compreender melhor a “cultura” do agrotóxico no Brasil, precisamos voltar um pouco no tempo para explicar como essa questão deixou de ser tecnológica, passou a ser ideológica e, para a infelicidade da humanidade, hoje é cultural. Fazendo uma alusão ao século XVI, temos como parâmetro os piratas, que agiam de maneira violenta, invadindo terras selvagens em busca de riquezas para saquear. Outros piratas eram menos violentos, mais diplomáticos, usando de artimanhas para alcançar o mesmo objetivo, saquear. Nos países mais desenvolvidos, apesar da sociedade não tolerar esse tipo de prática, principalmente ao bem público, os governos às vezes se obrigam a associar-se aos piratas para terem sucesso. Já nos países ditos “emergentes”, como o Brasil, os piratas são os governantes, juízes, representantes legislativos e a própria sociedade, que se utilizam da máquina pública para saquear as riquezas do país e submetê-lo aos seus interesses.
Esses “neo-piratas” evoluíram significativamente com o tempo, se adaptando às intempéries do mercado. Se não acham materiais preciosos (ouro, diamante, pedras preciosas), comercializam gente (negros, indianos, chineses, mulheres). Como isso não fica bem aos olhos de “Deus”, resolveram comercializar veneno. Por uma infeliz coincidência, após o fim da Segunda Guerra Mundial, as armas químicas não tinham mas uso e precisavam ter um destino, com isso receberam o rótulo de “defensivos agrícolas”. Neste mesmo período, o Prêmio Nobel da Paz premiou o descobridor das atividades inseticidas do DDT. Simultaneamente, a América do Sul era