Agroindustria familiar e sistema integrado de produção; duas realidades antagônicas
REGIONAL – MESTRADO E DOUTORADO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
LUCIANA RAQUEL PICOLI
AGROINDUSTRIA FAMILIAR e SISTEMA INTEGRADO DE PRODUÇÃO; DUAS REALIDADES ANTAGôNICAS
Santa Cruz do Sul, outubro de 2011
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) – Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)
Planejamento e estratégias para o desenvolvimento regional’
2° trimestre/2011
Professor MarkusBrose
Luciana Raquel Picoli
INTRODUÇÃO
O desafio ao qual este ensaio se propõe, é de comparar duas realidades totalmente antagônicas, mas que possuem os mesmos protagonistas, atores esses que descendem da mesma “classe rural” a chamada agricultura familiar. De um lado agricultores que estão experimentando um novo modo de ver a agricultura a partir de uma perspectiva ecológica através da agroindústria familiar, os chamados Agroecologistas, estes organizados de forma horizontal e do outro os agricultores que estão inseridos nos Sistemas Integrados de Produção Agroindustrial, com uma organização em rede vertical.
REDES VERTICAIS E HORIZONTAIS DE DESENVOLVIMENTO
Hoje em dia há dois principais conjuntos de redes interagindo nas regiões rurais: as redes verticais e as redes horizontais de desenvolvimento rural. O termo rede vertical refere-se à forma como a agricultura é incorporada em processos mais amplos de produção, transformação, distribuição e consumo de alimentos e matérias primas, podemos exemplificar esse tipo de rede com os Sistemas Integrados de Produção Agropecuárias (fumo, aves, suínos). Fazem parte desse tipo de rede poderosas empresas agroindustriais, profundamente ligadas à dinâmica dos circuitos globalizados de produção e consumo Murdoch (2000). O agricultor passa a ter, principalmente, um papel como produtor especializado de mercadorias preso a mercados distantes. Nas redes verticais existe uma visível presença de agentes