Agricultura Patronal Vs Familiar
Se, no modelo familiar a agricultura se volta mais fortemente para o consumo próprio, fazendo parte de um cultivo privado e dentro do círculo de familiares, com apenas o excedente que não foi consumido sendo vendido para outros, a agricultura patronal é exatamente o contrário: ela está completamente voltada para o lucro e para a produção, gerando venda de seus produtos.
Existe na agricultura patronal a separação completa entre gestão – aqueles que cuidam e administram lucros e vendas – do trabalho – a mão de obra em si, quem executa os trabalhos no campo.
Há, por essa razão, muitos trabalhadores assalariados na agricultura patronal: por não ser voltada para o consumo da família, os trabalhadores da agricultura patronal são pagos como trabalhadores de quaisquer outros setores da economia, não recebendo nenhuma parte dos lucros finais da produção – mas também não perdendo em nada caso a safra não seja boa.
Outra marca forte da agricultura patronal é a especialização de suas culturas – enquanto a agricultura familiar tenta diversificar suas produções, para poder suprir a maior quantidade de necessidades próprias possíveis, a agricultura patronal se especializa em um único cultivo, buscando vender grandes quantidades e, assim, aumentar seu potencial de lucro.
Agricultura Patronal
Agricultura Patronal
Além disso, o uso da tecnologia na agricultura patronal é diretamente ligado ao desejo de reduzir a necessidade de mão de obra. Todo o setor de tecnologia voltada para a agricultura desse setor tende a reduzir o número de pessoas necessitadas para utilizarem esta tecnologia, reduzindo a mão de obra e, consequentemente, aumentando os lucros obtidos em cada parte da produção. Como a agricultura patronal depende majoritariamente de empregados contratados, menos empregados, mas produção igual leva a maiores lucros.
As decisões durante a