Agricultura familiar no Brasil
Economia Agrícola
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O setor agropecuário familiar é sempre lembrado por sua importância na absorção de emprego e na produção de alimentos, especialmente voltada para o autoconsumo, ou seja, focaliza-se mais as funções de caráter social do que as econômicas, tendo em vista sua menor produtividade e incorporação tecnológica. Entretanto, é necessário destacar que a produção familiar, além de fator redutor do êxodo rural e fonte de recursos para as famílias com menor renda, também contribui expressivamente para a geração de riqueza, considerando a economia não só do setor agropecuário, mas do próprio país. Para justificar esta afirmação este artigo apresenta os principais resultados da pesquisa realizada pela parceria NEAD-FIPE1 titulada como: “A importância do agronegócio familiar no Brasil”. O trabalho mensurou a importância do setor familiar, através da quantificação do Produto Interno Bruto (PIB), não apenas de sua produção agropecuária, mas de todo o complexo de indústrias, comércio e serviços existentes a montante e a jusante das pequenas propriedades e posses familiares – o que se denominou agronegócio familiar. Este termo foi utilizado porque a importância de uma atividade não se concentra apenas nela, mas também no que depende dela. Exemplificando, é como se uma atividade simplesmente deixasse de existir, além da ausência de sua produção, todos os setores que alimentam e são alimentadas por ela seriam prejudicados, dada à interdependência existente entre as relações dos setores na economia.
Deste modo, a expressividade da atividade familiar quantificada pelo PIB do agronegócio familiar se torna mais ampla e define melhor como a produção dos pequenos produtores realmente interfere na economia. As estimativas do PIB relativo ao agronegócio familiar e patronal (denominação da produção que não é de origem familiar) foram calculadas utilizando-se