Africa
Fonte: Enciclopédia do Mundo Contemporâneo. São Paulo/Rio de Janeiro, Publifolha/Terceiro Milênio, 1999.
A maioria dos países africanos possui uma economia baseada no desenvolvimento de atividades primárias, como agricultura, a pecuária e o extrativismo mineral e vegetal. É nas atividades primárias, que está empregada a maior parte da população economicamente ativa (PEA) desses países, com algumas exceções, como nos casos da África do Sul, Argélia, Egito e Tunísia.A atividade industrial é bem pouco difundida, sendo a África o continente com o menor índice de industrialização no mundo.
África dos minerais
A maior parte do território africano é constituída por terrenos geologicamente antigos, datados da era Pré-Cambriana, bastante desgastados pela ação erosiva. Esse fato confere ao continente uma importante característica: a presença de uma grande quantidade de afloramentos de rochas e minerais.A abundância de jazidas minerais foi um dos aspectos naturas da África que mais atraiu os colonizadores europeus, pois eles necessitavam cada vez mais de matérias-primas para abastecer a crescente industrialização de seus países. Hoje, mesmo depois do processo de colonização, as maiores companhias mineradoras são de origem européia, além de empresas norte-americanas e japonesas. Essas multinacionais exploram o subsolo africano, destinando aos seus países de origem a maior parte da produção e dos lucros obtidos com a comercialização.
África dos grandes fluxos migratórios
Entre os séculos XV e XIX, a apreensão de africanos para o trabalho escravo, principalmente na América, constituiu um importante fluxo migratório. A partir do século XIX, a introdução das atividades de mineração e de plantations pelos colonizadores europeus provocou vários movimentos migratórios internos, como o deslocamento de mão-de-obra para áreas de exportação.
Mais recentemente, após o processo de descolonização, desencadearam-se grandes fluxos