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1410 palavras 6 páginas
A VITIMIZAÇÃO DA ANTROPOLOGIA
O antropólogo Henyo Trindade Barreto Filho, (IEB) em documento público observa como os recursos midiáticos e comunicacionais, têm recuperado e lançado mão de antigos preconceitos, em relação aos povos e comunidades, e sempre na tentativa de desqualificação dos experts, através da contestação de laudos por esses fornecidos, nos quais se assenta o reconhecimento dos direitos territoriais desses grupos. Dentro deste contexto a Antropologia passa a ser vista não como uma disciplina científica com conceitos e métodos próprios, mas como uma expressão subjetiva de opiniões. “Trata-se de um trabalho diuturno de deslegitimação dos procedimentos de reconhecimento de direitos territoriais (no caso, a demarcação de TIs e a titulação de territórios quilombolas), dos seus beneficiários (povos indígenas e comunidades tradicionais) e dos técnicos (da Funai, mas também de outros órgãos, e eventuais colaboradores) que os conduzem, usando para isso todos os meios disponíveis aos detentores do monopólio da violência simbólica legítima e das grandes corporações de comunicação.”
Este texto ressalta que está sendo utilizado um estratagema político eficaz, e que consiste em provocar a incredibilidade pública acerca da legitimidade do conhecimento científico ao qual tem se baseado a antropologia brasileira. Este estratagema político torna-se eficaz na medida em que apresenta argumentos dentro do nível do senso comum, baseado em. preconceitos fundamentados em estereótipos bastante enraizados na cultura da população brasileira. Este é o fruto da formação educacional e cultural que tem se tornado o desafio a ser enfrentado pelos educadores, aqui representados através da fala do professor Professor indígena Rosildo, coordenador executivo do OPIP (Organização dos Professores Indígenas Potiguara) durante a projeção realizada na aldeia Lagoa do Mato. A exposição do citado professor Dr. Oscar Calavia Sáez, antropólogo da UFSC (Universidade Federal de Santa

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