A Autoridade da Bíblia
A Bíblia como Palavra de Deus é o único alicerce para a plena autoridade bíblica. Se a Bíblia não for a Palavra de Deus, não terá autoridade divina. Temos o conceito tradicional cristão de que a Bíblia foi inteiramente escrita sob a orientação de Deus e que é, portanto, inteiramente verdadeira, literalmente ou sob o véu da alegoria. Nos tempos recentes, no entanto, o ponto de vista de muitos protestantes te sido influenciado pelos pronunciamentos da Alta Crítica. Esse fato produziu uma reação contrária na forma de Fundamentalismo, cuja ênfase principal tem sido a inerrância da Bíblia.
Os escritos da Bíblia têm autoridade única, diferente da de qualquer outro escrito religioso, não somente por sua origem em Deus, mas porque contêm os testemunhos da revelação que deu origem e identidade ao judaísmo, e depois ao cristianismo, e contem testemunhos da fé fundante com a qual nos identificamos. O Deus em que cremos é aquele de Abraão, de Moisés, de Davi, de Isaías etc; e o messias confessado pelos cristãos é aquele que é testemunho dão de um modo insubstituível no Novo Testamento. A esse Deus e a esse messias nos remetem os escritos bíblicos. É em continuidade com a fé testemunhada nesses escritos que nos situamos. A autoridade da Bíblia foi reconhecida e referendada nas decisões sobre o cânon, contudo, antes dessas decisões os escritos da Bíblia eram lidos, meditados e venerados como autorizadores, e a eles se apelava como norma, como Palavra de Deus. A Bíblia é um conjunto de textos que são testemunhos de vivência que foram interpretadas como reveladoras a respeito de Deus. Por isso, devemos levar a sério sua natureza e a sua função mediadora e comunicativa. O que encontramos na Bíblia não são, evidemente, os acontecimentos e vivências mesmas (que pertencentes ao passado), mas testemunhos deles, compreendidos e interpretados( por inspiração divina) como manifestações da presença orientadora de Deus na história. O que é narrado tem