afonso da maia
Meses depois desta atitude, Afonso voltava de Santa Olávia um pouco contrito, enfastiado daquela solidão, pedindo a bênção e dinheiro para ir para Inglaterra. Para lá foi, e durante a sua estadia o pai faleceu em Portugal.
Ao regressar a Lisboa conheceu D. Maria Eduarda Runa, com quem depois do luto do pai veio a casar-se. De tão doce união, nasceu o Pedrinho. D. Maria Eduarda era uma beata, o que dava grandes dores de cabeça a Afonso, pois se havia coisa que Afonso não suportava era o corropio de frades e boleeiros, atroando tabernas e capelas. Mas mesmo assim Afonso foi como que obrigado a deixar Pedrinho crescer neste ambiente de doutrina, devido à mulher doente que amava.
Porém, a educação de Carlos da Maia foi totalmente diferente, não tendo Afonso autorizado uma única palavra de doutrina, o que deixou Custódio (o abade) bastante triste. Em contrapartida, Carlinhos teve uma educação de grande rigidez, (típico sistema inglês, nação que o fascinara) que valorizava a força e o músculo, antes de proceder à educação livresca e académica, tendo como preceptor Sr. Brown. Esta deu bons frutos, fazendo de Carlinhos, um miúdo "levado da breca", um ilustre fidalgo.
Com o passar de todos estes anos, Afonso da Maia contou com a generosidade dos tempo e da saúde, pois manteve-se sempre forte, robusto e cheio de saúde.
No entanto, ele é a vítima inocente da tragédia que se desenrolará. Tendo sobrevivido à desgraça do filho, traído e abandonado pela mulher com quem casara contra a vontade do pai, Afonso não sobreviverá à desgraça do neto: morre na madrugada em que percebe que Carlos, mesmo sabendo que Maria é a sua irmã,