Caracterização de afonso da maia
Afonso da Maia era baixo, maciço, de ombros quadrados e fortes, cara larga, o nariz aquilino e a pele corada. O cabelo era branco, muito curto e a barba branca e comprida. O seu neto, Carlos, dizia que ele o fazia lembrar um varão esforçado das idas heróicas, um D.Duarte Meneses ou um Afonso de Albuquerque. Mas não, ele nem era um nem outro, mas sim um antepassado bonacheirão que amava os seus livros, o conchego do seu lar e a poltrona, e claro o seu whist ao canto o fogão. Era filho de Caetano, conservador, na sua juventude defendeu valores opostos aos de seu pai, convicções essas inconscientes e que revelam um grande egoísmo. Casa com Maria Eduarda Runa e, durante as lutas liberais, vê o seu domicilio invadido pelos miguelistas, assim, sentindo-se ultrajado exila-se em Inglaterra com a mulher e o filho, Pedro, tomando contacto com a sociedade e culturas britânicas. A sua vida em Inglaterra fica marcada pelo inconformismo da mulher que, amante do sol, estranha o tempo, e entrega-se à religião beata fazendo com que Afonso regresse. Depois da morte da mulher e do filho vem para Santa Olávia e aí tenta educar o neto que foi entregue pelo filho. Afonso era um homem rígido, puro, austero, puritano, sereno, risonho e também era aquele que o autor mais valorizou. Não se conhece defeitos. É generoso para com os amigos e os necessitados, o que faz também amar a natureza e o que é pobre e fraco. Tem altos e firmes princípios morais. Morre de uma apoplexia, quando descobre os amores incestuosos dos seus