Afo - administração financeira e orçamentária
(Este texto faz parte da apostila da UAB (páginas 13 a 17))
Na Idade Média, a humanidade já estava mais evoluída e vigorava a estrutura feudal, na mesma época em que os juros foram proibidos pela Igreja. Lembra-se dos empréstimos da Babilônia? Eles continuaram a existir na Idade Média (476 a 1453 d.C.), mas com a proibição de se cobrar juros. No entanto, nem a própria Igreja poderia ter se afastado dos juros, uma vez que este sempre foi e será um meio de remunerar o capital investido. Nesta época, os judeus praticavam a atividade bancária, mesmo que de forma rudimentar. Há quem diga que foram eles os responsáveis pelos recursos destinados às navegações intercontinentais que deram origem ao descobrimento do Brasil, uma vez que a coroa portuguesa e a Igreja não possuíam recursos suficientes para investir nesses empreendimentos. Nesta mesma época, se desenvolvia o mercantilismo, como forma de comercializar os produtos fabricados pelos artesãos, que ainda não possuíam estrutura fabril organizada, que só veio a ocorrer na próxima fase. Ainda na Idade Média, surgiu o embrião financeiro, com a chegada das primeiras bolsas de valores e bancos.
No entanto, foi apenas na Idade Moderna (1453 a 1789) que foi criado o primeiro banco nos moldes do sistema bancário moderno. Foi o Banco de Rialto, em Veneza, no ano de 1587. Você assistiu ao filme O Mercador de Veneza? Nele, você poderá encontrar uma bela história sobre empréstimos, juros, garantia de empréstimos, legislação sobre empréstimos e sobre Rialto, a localidade onde foi criado o primeiro banco do mundo. O Banco de Rialto é retratado nessa obra de William Shakespeare.
Você também deve dar importância ao fato de que este primeiro banco moderno foi criado em meio ao surgimento do capitalismo, que fez com que se deixasse de garantir apenas os meios de sobrevivência dos artesãos para acumular capital através da maximização do lucro, nas empresas