AFETIVIDADE E JOGOS COOPERATIVOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Josiane Barros - josi@eei.ufrj.br
Nicole Colucci – nicole-colucci@eei.ufrj.br Erika Loureiro – erikaloureiro88@hotmail.com
EEI/UFRJ
O presente artigo busca compartilhar reflexões e ações sobre afetividade e jogos cooperativos realizados na EEI-UFRJ (Escola de Educação Infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro), com crianças de 05 a 06 anos. Apoiados nos pressupostos de Wallon, Vygotsky e Walter Benjamin, além da bibliografia sobre Jogos Cooperativos, a equipe de psicologia trabalhou a questão da afetividade através do viés da cooperação. Partiu-se de uma metodologia participativa, a fim de experimentar o princípio da cooperação na expressão de sentimentos, no apoio à construção da auto-estima, no reforço à confiança mútua entre crianças/crianças, crianças/adultos, adultos/adultos.
Por ações mais cooperativas e afetivas
Pensar e viver a afetividade numa relação respeitosa, ética e potencializadora das dimensões humanas, requer entender o sujeito em suas especificidades, mas também um olhar crítico sobre a cultura, os valores e as diferentes formas e possibilidades de relações interpessoais. No atual contexto social, neoliberal, onde o individualismo e a competitividade são pilares para a manutenção de uma perversa hegemonia, cabe se pensar em valores essenciais para a dignidade humana, como por exemplo, a cooperação.
Atualmente, a “educação para a paz1” vem repercutindo avanços importantes no cenário educativo e nesse sentido a perspectiva desse trabalho busca integrar o conjunto de relações que o indivíduo estabelece consigo, com o meio social e com o meio ambiente em que vive. Desta forma, os jogos cooperativos surgem a partir da preocupação e reflexão do quanto o individualismo e as práticas competitivas vêm sendo valorizadas na sociedade moderna, mais especificamente na cultura ocidental.
Os principais passos para integrar os jogos cooperativos no Brasil se iniciaram na década de 1980,