Aeronaves militares
Tags: Aviões, Defesa Nacional, Desenvolvimento científico e tecnológico, Mísseis, pesquisa, tecnologia, Tecnologia Militar
Um panorama das estratégias e potencialidades bélicas nacionais
Bolívar Hetzer Salerno
Felipe Thiago Conrad
Mayella Rawietsch Krause
Engana-se quem pensa que tecnologia militar é apenas a evolução de armas, mísseis e caças utilizados na segurança nacional. As tecnologias militares são componentes da área da tecnologia de defesa e segurança. Enquanto a primeira é o agregado de conhecimentos teóricos e práticos – como técnicas, métodos, procedimentos produtivos, gerenciais e organizacionais – a segunda atribui-se aos conhecimentos científicos, empíricos e intuitivos que são utilizados na produção de bens e serviços envolvidos na defesa e na segurança de um país. Afinal, nem todas as ações estratégicas envolvem meios bélicos.
A importância estratégica das tecnologias militares, desde a produção até sua comercialização, está intimamente ligada com questões políticas. Governos, interessados nos ciclos tecnológicos, interferem nas pesquisas, com imposições regulatórias, por serem os principais usuários e patrocinadores destes produtos. Há casos em que os produtos desenvolvidos para atender questões militares passaram a ser utilizados no meio civil. Dois claros exemplos são a Internet – criada durante a Guerra Fria para assegurar a comunicação das bases militares dos Estados Unidos mesmo que boa parte do país fosse destruído -, e o conhecido GPS, Global Positioning System. “É a chamada tecnologia dual, pois pode ser utilizada na produção de serviços tanto militares quanto civis”, afirma Waldimir Pirró e Longo, doutor em Engenharia e Ciência dos Materiais e Metalurgia pela University of Florida e pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense.
No Brasil, desde o Império até a Segunda Guerra Mundial, o pouco e rústico