Adubação em Oliveiras
NO RENDIMENTO DE AZEITONAS DE OLIVEIRAS
CULTIVADAS NO RIO GRANDE DO SUL
NICOLODI, Margarete1; GIANELLO, Clesio2; NERI, Davide3 & LODOLINI, Enrico Maria3
Palavras-Chave: Adubação foliar. Olivicultura. Floração.
Introdução
O Brasil é um dos maiores consumidores de azeite de oliva e de azeitonas do mundo e, consequentemente, um dos maiores importadores desses produtos (em 2010 dispendeu 323 milhões de dólares - MDIC, 2011) uma vez que até recentemente nada produzia. O cultivo experimental da oliveira iniciou nos estados de Minas Gerais em 1986, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul
(RS) em 2005. No entanto, o cultivo comercial começou a partir de 2002, no RS. Atualmente são cultivados pomares em aproximadamente 380 hectares (EMATER-RS, 2011) e estima-se que em
2014 a área supere os 2.000 hectares no Estado (Olivas do Sul, 2011), em razão da área disponível e da perspectiva de alta rentabilidade. O primeiro azeite de oliva brasileiro, produzido em escala comercial no RS, foi comercializado em 2010 e, já na primeira safra teve sua qualidade reconhecida no Flos Olei (2011). Entretanto, as técnicas de cultivo e de manejo da oliveira necessitam ser adaptadas aos solos ácidos e ao clima subtropical úmido. Nesse ambiente, o crescimento das plantas é rápido e algumas variedades, como Arbequina e Arbosana, já produzem os primeiros frutos ao terceiro ano de idade. Em alguns países, a adubação foliar com boro e, algumas vezes, com cálcio, é usada para diminuir a alternância de produção nessa espécie perene (Fernandez-Escobar, 2008).
Contudo existem muitas dúvidas sobre as exigências nutricionais das plantas cultivadas nas condições edafoclimáticas do RS, quando em fase de produção. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação foliar de boro e cálcio na capacidade de retenção, no rendimento e no peso de frutos de oliveiras do cultivar Arbequina.
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Professora do Curso de Agronomia,