Adubação com esterco de bovino leiteiro
Com a crescente procura de produtos de origem animal houve um grande aumento da produção que foi acompanhada então da intensificação do sistema de produção. Devido a utilização de confinamentos para a terminação ou estrebarias para o manejo de bovinos leiteiros, possibilitando assim o alojamento de grande número de animais em uma área relativamente pequena, houve também um considerável aumento na produção de dejetos por área ocupada. O grande volume de produtos residuais dos confinamentos consiste em esterco e urina, que, devido ao elevado teor de umidade, estão sujeitos aos processos de lixiviação e percolação no solo, movendo através de vários substratos para atingir a água subterrânea (PEIXOTO & PENATI, 2000). Esses adubos orgânicos, auxiliam na nutrição de plantas e são usados também para a substituição de adubos químicos. Além disto, este tipo de adubação traz a vantagem de melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo. Fisicamente a incorporação da matéria orgânica ao solo contribui para o melhoramento de sua estrutura, deixando-o mais resistente as ações do intemperismo físico (chuvas, geadas, secas, etc.) e conduzindo a formação de grânulos que deixarão o solo mais poroso e permeável (SOUZA, 1989). Os adubos orgânicos são caracterizados pelos elevados teores de matéria orgânica e teores de nutrientes, inclusive nitrogênio. Além de ter um alto índice de umidade e uma boa relação carbono/nitrogênio (MALAVOLTA, 1981). O conteúdo de umidade do esterco determina parcialmente como ele pode ser manejado e armazenado. O esterco produzido pelos bovinos, em vários tipos de instalações varia em conteúdo e umidade, dependendo do tipo de alimentação e piso encontrado no local. Os métodos de reciclagem, tratamento dos nutrientes e da matéria orgânica dos dejetos animais, segundo Campos et al. (1999), é o melhor destino que se pode dar a esses resíduos