Adquirindo saúde através da doença
Saulo Pereira Lima Vívian Campos “A rigor nunca e jamais importa o que nós ainda temos a a esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós” (Viktor Frankl)
RESUMO Este artigo se propõe a uma análise a respeito do enfrentamento de uma adversidade no âmbito de doença por um viés positivo, mostrando que o sofrimento é inevitável, mas que também ele não é o fim. A pessoa pode ter atitudes diferentes ante uma dificuldade: em vez de ficar presa às perdas, olhar para aquilo que se pode conquistar através das intempéries. Isto se torna viável principalmente se a pessoa valoriza mais o seu mundo interior, não se limitando ao mundo objetivo, mas transcendendo para outras realidades em busca do verdadeiro sentido da vida. PALVRAS-CHAVE: Saúde, adversidade, resiliência.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por objetivo mostrar a probabilidade humana de superação ante as adversidades, dentro do tema Patologia, dando ênfase à saúde em vez da doença. Os psicólogos humanistas já no início do século XX, como Carl Rogers, Abraham Maslow e Vitkor Frankl trouxeram esta ideia de focar a saúde e não a doença, mostrando o potencial que o ser humano tem para se sobrepor às crises, contradizendo, assim, as teorias vigentes da Psicologia na época, as quais superestimavam o lado neurótico do indivíduo. Como se há de verificar, não se tem a pretensão de minimizar o significado do sofrimento, nem tão pouco de torná-lo desejável, porque isto seria masoquismo, mas sim, chamar a atenção para “o outro lado da moeda”, que também faz parte da realidade e é o que pode, nessas situações, trazer alento, esperança e sentido para a vida. É um querer viver dentro da melhor maneira possível, sem ficar imobilizado pelas situações, mas continuar num constante movimento, sempre em sentido de ascendência, sempre buscando instâncias mais elevadas de autorealização. Estes autores, Oliari (2008),