Adoção tardia
Nova Friburgo
Setembro/2010
Adoção tardia – Os aspectos psicológicos que envolvem este processo
Justificativa
Este artigo tem por objetivo investigar os aspectos psicológicos que envolvem o processo de adoção e se há disponibilidade das famílias em adotar crianças com idades de 2 a 18 anos, em estudo realizado no Fórum da Vara da Infância e Juventude de Nova Friburgo, do período de setembro a outubro do ano de 2010. Este assunto tem relevância, pois tem como propósito compreender como se constitui o processo de maternidade e paternidade com os indivíduos envolvidos nesta circunstancia. Observar se somente através dos cuidados maternos, no caso de um bebê, a mulher se realizaria como mãe, ou se seria possível obter realização através de uma adoção tardia. A adoção, mesmo sendo uma prática comum desde muito tempo, pois há documentos que comprovam a sua existência, no Brasil desde a colonização, ainda é considerada, por muitas pessoas uma filiação de segunda linha, realizada por casais ou não, que não conseguem gerar seus próprios filhos.
Introdução
A acepção da adoção, como sua prática e regulamentações legais, sofreram mudanças significativas ao longo dos tempos. O termo adoção possui várias definições, como por exemplo, “processo legal pelo qual um bebê ou criança é colocado permanentemente com uma família que não é a sua família biológica.” (VANDENBOS, 2010). Colocar + uma definição. Mas até conseguir chegar à simplicidade descrita acima, ocorreram mudanças significativas no que se entende sobre adoção e as leis que a regulamentam. A prática da adoção remonta desde os tempos antigos, como no caso dos romanos, em que o pai não exercia somente o papel de genitor, mas o de chefe do agrupamento familiar. Este poder era exercido sobre todos constituintes desta família, esposa e filhos (consangüíneos ou adotados). E “quando se recorria à adoção, esta estava sempre relacionada à transmissão de bens, de um nome filial...”.