Adolfo Caminha "O Bom Crioulo"
Adolfo nasceu em Aracati, no Ceará, mas foi morar no Rio de Janeiro quando ainda era criança. Filho de Raymundo Ferreira dos Santos e Maria Firmina Caminha, começou na Marinha de Guerra em 1883, onde passou a aturar como segundo-tenente quatro anos depois.
Transferido em 1888, vai trabalhar em Fortaleza. Na capital do Ceará, passa a viver com Isabel de Paula Barros, a mulher largou o marido para ficar com o escritor. O caso acaba obrigando Adolfo a abandonar a Marinha. Do relacionamento dos dois, nascem Belkiss e Aglaís.
A primeira publicação, ainda nos tempos de Marinha, é “Voos Incertos” de 1886. Sua obra mais relevante, no entanto, trata do homossexualismo, é “Bom-Crioulo”. É a primeira vez que o tema é tratado na literatura nacional, causando polêmica na época. O livro retrata a convivência dos marinheiros. “No País dos Ianques” foi o livro em que Caminha falou sobre a viagem aos Estados Unidos. Em “A Normalista”, contou um caso de incesto. .
Adolfo acaba colaborando também com jornais, como o “Jornal do Commercio”, o “O País” e a “Gazeta de Notícias”. Chegou a criar um semanário, o “Nova Revista”. Com ideias modernas para a época, acreditava no poder da educação para mudar o Brasil. Participou da “Padaria Espiritual” em 1892, que tinha o jornal “O Pão” para divulgar o realismo e o simbolismo no Ceará, era uma publicação nacionalista. O autor, que chegou a usar o nome Félix Guanabarino como pseudônimo, era republicano e abolicionista.
Adolfo Caminha morreu com apenas 29 anos, vítima da tuberculose, doença que matou muitos escritores. Um ano antes, em 1869, publicou sua última obra, “Tentação”.
Resumo da obra:
Ainda no tempo da escravidão, Amaro, aos dezoito anos de idade, ingressa na Marinha. Logo, ganha a admiração dos oficiais pelo seu caráter e modos ingênuos. O que acabou lhe rendendo o apelido de Bom-Crioulo.
Contudo, durante uma viagem, o rapaz teve contato com a cachaça e, quando isso acontecia,