Administração

3. MAIS DO QUE LUCROS
Ao contrário da doutrina acadêmica, não vimos a "maximização da riqueza dos acionistas" nem a "maximização dos lucros" como sendo a força impulsionadora dominante ou o objetivo primário ao longo da história da maioria das empresas visionárias. A tendência era ter um conjunto de objetivos, dos quais ganhar dinheiro era apenas um - e não necessariamente o principal. De fato, para muitas das empresas visionárias, negócios são mais do que uma atividade econômica, mais do que uma forma de ganhar dinheiro. Ao longo da história da maioria das empresas visionárias, encontramos uma ideologia central que transcendia as considerações puramente econômicas. E, este é o ponto principal, encontramos indícios de uma ideologia central com muito mais freqüência nas empresas visionárias do que nas empresas de comparação: em 17 dos 18 pares analisados. Esta é uma das diferenças mais claras que encontramos entre as empresas visionárias e as de comparação.

É claro que não estamos querendo dizer que as empresas visionárias não se interessam pelos lucros ou pela riqueza de longo prazo de seus acionistas. Sim, elas buscam os lucros. E elas também buscam ideais mais amplos e significativos. Elas fazem as duas coisas. A lucratividade é uma condição necessária para a existência e um meio de se atingir objetivos mais importantes, mas não é o objetivo em si para muitas das empresas visionárias. Os lucros são o que o oxigênio, a comida, a água e o sangue representam para o corpo; eles não são o sentido da vida, mas sem eles não há vida.

• UMA IDEOLOGIA CERTA?

A seguir, é apresentada uma compilação das ideologias centrais das empresas Visionárias. Da sua análise, conclui-se que, apesar de certos temas serem abordados em uma série de empresas visionárias, nenhum item específico aparece de forma consistente em todas as empresas visionárias. Em suma, não foi encontrado um conteúdo ideológico específico essencial para que uma empresa seja visionária. As pesquisas