O Brasil possui um mercado de capitais bastante amplo mas que ainda não pode ser considerado como um mercado de capitais “forte”. O mercado brasileiro de ações e títulos de dívida tem significativo potencial de expansão. O crescimento da institucionalização da poupança e a tecnologia de informação abrem um imenso potencial para atração de novos investidores e redução dos custos de intermediação. A participação dos ativos de renda variável no portfólio dos investidores ainda é pequena. A captação de recursos pelas empresas nesse mercado também é baixa.Mas com uma certa estabilidade econômica, entre outros fatores reforçam a tendência de crescimento do patrimônio dos investidores. A expansão da classe média no Brasil é um dos fatores. Outro é o desenvolvimento da previdência privada, em grande parte decorrente da percepção da falência do regime previdenciário público. As novas tecnologias centradas na internet também tem um papel importante, ao facilitar o acesso e reduzir os custos de transação.Todos esses fatores implicam um enorme potencial de crescimento da oferta de recursos para investimentos através do mercado de capitais nos próximos anos. As possibilidades de financiamento dos investimentos e do desenvolvimento econômico que essa tendência oferece são excepcionais.O mercado de capitais, particularmente seu segmento acionário, tem tudo para se transformar em poderoso instrumento de desenvolvimento econômico e social do país. O Brasil está dando passos fundamentais para a concretização desse novo ambiente. O principal deles é a evolução que se observa no setor privado, particularmente a crescente sofisticação das Bolsas e a fantástica evolução dos Investidores Institucionais, que aos poucos se preparam para reproduzir, no país, o papel que seus similares exercem nas economias desenvolvidas.
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