administração
Juntamente com o capitalismo, se estabeleceu uma nova classe social, a burguesia, que lutou para se impor política e economicamente. Ao mesmo tempo, influenciado pela burguesia, surge o Estado Moderno, modelo estatal onde o poder é centralizado.
A partir disso temos o rompimento entre razão e fé; ciência e religião; estado e igreja; o homem e deus.
Podemos entender que os elementos essenciais da vida ética no mundo antigo foram nitidamente contrastantes com as características do ambiente ético no mundo moderno. Assim é que, para os antigos, a religião tudo decidia, na vida e na morte, não havendo nenhuma distinção prática entre deveres religiosos, morais e jurídicos. Intimamente ligada a essa característica era a autoridade máxima da tradição, como critério definidor dos comportamentos humanos: os antigos desconfiavam muito das novidades; ao passo que o homem moderno virou as costas ao passado e passou a exaltar o progresso.
Já em relação ao mundo moderno temos suas raízes fundadas na razão de que é um tempo de mudança, de crise, de morrer ao tradicional, de abandonar o velho e abraçar o novo, de quebrar paradigmas e estabelecer novas formas de vida e valores. É tempo de ser diferente, de inventar diferenças e conviver pacificamente com o diferente.
A ideologia do homem moderno é o pragmatismo. Sua norma de conduta é a vigência social, as vantagens que leva, o que está na moda. Sua ética se fundamenta na estatística, substituta da consciência. Sua moral, repleta de neutralidade, carente de compromisso e subjetividade, fica relegada à intimidade, sem se atrever a sair em público. Tudo é suave, ligeiro, sem riscos; somente faz algo com garantia. Em sua vida, não há rebeliões, pois sua moral se converteu numa ética de regras de urbanidade ou mera atitude estética.