Administração
A.G. Lafley
RESUMO
O autor combina nove anos de experiência no comando da Procter & Gamble com os últimos escritos de Peter Drucker para responder à pergunta “Qual o trabalho do presidente?”. Na opinião de Lafley, esse líder tem uma responsabilidade única pelo desempenho e pelos resultados da empresa — e não somente segundo suas próprias metas, mas também à luz dos critérios e dos padrões não raro conflitantes de stakeholders externos. É, em outras palavras, responsável por unir o exterior ao interior, trabalho que compreende quatro tarefas fundamentais: Definir o exterior relevante. Na P&G, isso significa deixar bem claro que quem manda é o consumidor. A empresa também tratou de transformar típicas negociações de soma zero com empresas de varejo e fornecedores em parcerias nas quais todos ganham.
Decidir qual é seu negócio (e qual não é). Depois de analisar a fundo seus pontos fortes, sua posição competitiva atual e condições estruturais, a P&G resolveu crescer em torno do core business — produtos de lavanderia, fraldas descartáveis, higiene feminina e produtos para cabelo — e se concentrar mais no consumidor de baixa renda e em mercados em desenvolvimento, onde as vendas subiram de 21% para 31% do total de 2000 para cá. A empresa abandonou o setor de alimentos e bebidas e vai vender o braço farmacêutico. Em que áreas atuar (e quais abandonar) são perguntas permanentes.
Equilibrar presente e futuro. A P&G adota metas de crescimento realistas e usa um processo de planejamento orçamentário flexível, com metas complementares de curto, médio e longo prazos. Definir valores e padrões. O presidente deve interpretar os valores da organização no contexto da mudança e da competição e definir os padrões que nortearão as decisões. A certa altura, confiança ali significava que o pessoal podia contar com a P&G para um emprego para toda a vida. Na nova definição proposta por Lafley, é a confiança do