Administração
Além da motivação, do desejo e do talento do empreendedor, iniciar e gerir uma empresa requer também um planeamento e uma pesquisa muito cuidadosos. Na sequência do processo de empreendedorismo que temos vindo a discutir, depois de termos identificado a oportunidade que pretendemos explorar - ancorada numa necessidade duradoura de clientes -, temos agora de tornar essa oportunidade numa actividade economicamente rentável através do novo produto, serviço ou processo que melhor a capitaliza ou seja, do conceito de negócio. Qualquer oportunidade pode ser capitalizada através de uma variedade de conceitos de negócio diferindo segundo as competências, capacidades e interesses do empreendedor que poderá começar por se fazer a si próprio algumas perguntas: Que competências técnicas tenho? Quais os meus interesses? O que é que eu sei fazer bem? O que é que eu gosto de fazer? Que serviços ou produtos vou vender? A minha ideia acrescenta valor e preenche uma necessidade existente? Quem são os meus concorrentes? Qual a minha vantagem competitiva?
Esta série de perguntas diz respeito à avaliação dos recursos essenciais de que o empreendedor poderá dispor para explorar oportunidades e as respostas poderão ajudá-lo a evitar um dos erros mais comuns do empreendedorismo: a tendência para se confundir a oportunidade com o conceito de negócio. Muitos empreendedores têm ideias muito inovadoras para novos conceitos de produtos, mas não existe oportunidade. Noutros casos a oportunidade é real, mas o conceito é inadequado ou impreciso. O que é então um bom conceito de negócio? Os critérios incluem a necessidade de ser: único, abrangente, internamente consistente, exequível e sustentável.
Ser único diz respeito ao grau de novidade ou de inovação que um novo conceito encerra. O insucesso vem muitas vezes de produtos ou serviços que nada trazem de novo ao mercado e que, não se diferenciando, o utilizador não vê neles qualquer razão para os experimentar ou para