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Resumo
Um grande número de produtos de importância comercial nas áreas farmacêutica e alimentícia utilizam na sua produção processos envolvendo células animais, vegetais ou de microrganismos. Para a viabilidade desses bioprocessos, é necessária a utilização de biorreatores, equipamentos adequados para prover condições especiais de pH, temperatura e aeração. Neste trabalho, são relatados os principais tipos de biorreatores submersos e semi-sólidos, bem como suas aplicações e critérios de escolha.
Palavras-chave: biorreatores submersos, biorreatores semi-sólidos
1 Introdução
Um grande número de produtos de importância comercial, principalmente nas áreas farmacêutica e alimentícia, são derivados de microrganismos ou células animais e vegetais. Exemplos destes produtos são antibióticos, pró-bióticos (EDWARDS-INGRAM et al., 2007), produção de alimentos (vinho, cerveja, sucos, panificação, etc.) (ALEXANDRE et al., 2004; MONFORT et al., 1996; PEREIRA et al., 2009; SCHULLER & CASAL, 2005), degradação de resíduos industriais (lodo de papel, resíduos agrícolas, corantes, etc.) (PENG & CHEN, 2011; SATHESH-PRABU & MURUGESAN, 2011; KAUSHIK & MALIK, 2009), produção de etanol (CARDONAV & SÁNCHEZ, 2007), produção de tecidos vegetais e animais (KOROSSIS et al., 2005), biocatalisadores para reações químicas (ARNOLD, 2001), entre outras aplicações. Para tanto, são necessários biorreatores, que são equipamentos que permitem transformações biológicas. Devem prover condições ideais, como pH, temperatura e aeração adequadas, para que as células animais, vegetais, microrganismos e enzimas possam converter a matéria-prima utilizada no produto desejado (SCHÜGERL, 1987). O termo “fermentador” é muitas vezes utilizado como sinônimo de “biorreator”, contudo, na definição, um fermentador é um equipamento que permite a realização de um processo anaeróbio onde é produzido álcool e outros subprodutos a partir de carboidratos. Portanto,