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FOTO: MARAMOROSZ/SHUTTERSTOCK.COM
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GVEXECUTIVO • V 11 • N 2 • JUL/DEZ 2012
A QUALQUER HORA,
EM QUALQUER LUGAR?
| POR HELOISA MÔNACO DOS SANTOS m homem de aproximadamente 50 anos trabalha usando seu notebook em uma mesa no saguão do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, enquanto aguarda um voo. Ele reside em Vitória e viajou à cidade a trabalho; é diretor executivo de uma empresa de comunicação. Diz que vive plugado. Em qualquer lugar do mundo ele pode trabalhar: “Monto meu escritório virtual”.
Ele também tem um escritório fixo e acha que a tecnologia melhorou muito sua vida, mas quando se cansa dela, acredita que é só desligar tudo. Seu celular toca; ele fala com alguém. Depois explica: “Veja um exemplo: quem me ligou agora foi a secretária do diretor de um importante jornal do país; esse último, uma pessoa de difícil acesso.
Quando cheguei aqui, precisava resolver uma questão, então mandei um e-mail para ele e outros diretores com cópia para a secretária e ela me ligou. Sem essa praticidade, como seria? Seria de outra forma, claro, mas eu poderia ter perdido o timing”.
O executivo, personagem do relato acima, está entre um número crescente de pessoas que desenvolvem atividades de trabalho que, para serem realizadas, não demandam presença em um escritório convencional ou fábrica. Pesquisas atuais atestam que a quantidade de pessoas cuja atividade não requer que estejam em um local fixo é menor quando comparada àquelas que se deslocam a um lugar particular, a fim de conduzirem suas tarefas diárias em uma estação de trabalho definida. Entretanto, é relevante o fato de que essa diferença esteja diminuindo nos dias de hoje. Estudos conduzidos na Grã-Bretanha, ao longo de anos, por exemplo, sinalizam que o trabalho vem se desvinculando de um local específico para ser realizado em ambientes variados.
A combinação entre o aumento de pessoas