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CUPANI, Alberto. Filosofia da tecnologia: um convite. Florianópolis: Ed.da UFSC,2011.
Atentado na tecnologia A tecnologia designa modos de agir e fazer coisas, de forma e ciente, com auxilio da informação cientifica. Esta ultima contribuição diferencia a tecnologia da simples técnica, ou seja, de modos padronizados de ação que fazem parte da vida humana desde seus primórdios.
A tecnologia é parte notória do mundo contemporâneo. Essa parte é importante, porque pode significar tanto a nossa satisfação pelos aparelhos que tornam nossa vida mais cômoda, o nosso entusiasmo ante as possibilidades que o computador e a internet nos abrem, quanto o nosso temor ás armas cada vez mais potentes e sofisticadas ou a nossa perplexidade ante a clonagem de organismos.
Segundo Mitcham (1994), distingue quatro dimensões ou manifestações da tecnologia: como objetos, como um modo de conhecimento, como uma forma especifica de atividade e como volição (isto é, como determinada atitude humana perante realidade). Aquilo que denominamos tecnologia se apresenta, pois, como uma realidade polifacetada; não apenas em forma de objetos e conjuntos de objetos, mas também como sistemas, como processos, como modos de proceder, como certa mentalidade. A essa presença múltipla devemos acrescentar uma patente ambiguidade daquilo a que aludimos como tecnologia. Invariavelmente, toda realização tecnológica vai acompanhada de alguma valoração, positiva ou negativa. Se “tecnologia” alude a algo de algum modo plural e ambíguo, tampouco é clara a sua origem. De modo evidente, tudo ou quase tudo a que nos referimos ao falamos de tecnologia tem alguma vinculação com o que denominamos técnica. O homem pode alimentar-se de pão preparado por ele mesmo (ou por um padeiro) ou de comidas enlatadas, de produção fabrial: em todo caso, o alimento teve que ver produzido mediante algum procedimento sujeito a regras, ou seja, uma técnica.
O que parece reunir formas