Administracao Publica
A verdade é que essas quatro palavras que vêm dominando o vocabulário da administração desde que o industrial francês Henry Fayol introduziu-as, pela primeira vez, em 1916, dizem muito pouco sobre o que os executivos realmente fazem. Na melhor das hipóteses, indicam alguns objetivos vagos adotados pelos executivos em sua rotina. A administração, que tanto se preocupa com o progresso e as mudanças, há mais de meio século não enfrenta seriamente a pergunta fundamental: o que fazem os executivos? Sem uma resposta adequada, como podemos ensinar administração? Como podemos elaborar sistemas de planeamento e informação para executivos? Como podemos, enfim, melhorar a prática da administração? Nossa ignorância sobre a natureza do trabalho administrativo apresenta-se sob várias formas na organização moderna: no executivo bem sucedido que se gaba de nunca ter gasto um só dia em cursos de treinamento; na constante substituição dos homens de planeamento que nunca entenderam claramente o que o executivo queria; nos computadores cobertos de pó, porque os executivos jamais usaram o sofisticado sistema integrado de informação, que alguns analistas julgaram que lhes fosse necessário. O mais importante, talvez, é que nossa ignorância se revela na inabilidade com que as principais empresas públicas tratam de alguns de seus mais sérios problemas de planeamento. O certo é que, na corrida em busca da automação, no uso da ciência administrativa nas áreas de marketing e finanças e na aplicação do conhecimento dos cientistas do comportamento humano aos problemas da motivação do trabalhador, o executivo — a pessoa encarregada da organização ou de uma de suas subunidades — foi esquecido. A intenção deste artigo é simples: afastar o leitor das