ADMINISTRA O DE PESSOAL
O termo competência no campo da gestão organizacional tem recebido várias definições. Utilizaremos aqui a definição que procurou unir as concepções de duas grandes correntes: a primeira representada, sobretudo, por autores norte-americanos (Boyatzis, 1982, e McClelland, 1973) e a segunda representada, principalmente, por autores franceses ( Le Boterf, 1999, e Zarifian, 1999). Sendo assim, competência é uma combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes que se expressam através do desempenho profissional em um determinado contexto organizacional, agregando valor às pessoas e à própria organização.
No cotidiano, utiliza-se a palavra competência associada à capacidade de resolver problemas, aptidão e habilidade. Estas atribuições dão conta apenas de uma atitude reativa e não contemplam a característica proativa, e mais abrangente, que o conceito assume no ambiente de negócios.
Para o sociólogo francês Philippe Zarifian, competência é “tomar a iniciativa e assumir a responsabilidade diante das situações profissionais com as quais nos deparamos. Consiste em um entendimento prático de situações, que se apoia em conhecimentos adquiridos e os transforma à medida que aumenta a diversidade de situações“.
Esta conceituação de Zarifian é fundamental na distinção entre o caráter reativo das associações feitas à palavra competência e o caráter proativo do conceito de competência tal qual é utilizado no universo corporativo.
Assim, competência engloba habilidade, mas não se restringe a ela, ultrapassando a mera questão técnica de capacidade de operacionalização. Da mesma maneira, competência engloba atitude, mas não se restringe a ela, pois competência pressupõe ação adequada e não simplesmente ação!
Competência pressupõe uma ação que agregue valor diante de novas situações.
Assim, podemos compreender a composição do conceito de competência, através de critérios objetivamente mensuráveis, como o exercício proativo e simultâneo de:
1. Saber conceitualmente