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REVENDO AS BASES CIENTÍFICAS DA ADMINISTRAÇÃO “ADMINISTRAÇÃO COMPLEXA”:
REVENDO AS BASES CIENTÍFICAS DA ADMINISTRAÇÃO
Marcia Cristina Esteves Agostinho
Doutora em Engenharia de Produção pela COPPEAD/UFRJ
E-mail: marciaagostinho@aol.com
Endereço: Departamento de Engenharia Industrial - PUC-Rio - R. Marquês de São Vicente 225, Rio de Janeiro, RJ 22453-900.
Interesses de pesquisa: Complexidade, Sistemas Organizacionais, Organização da Produção, Processos de Tomada de Decisão, Redes Inter-organizacionais
RESUMO
Este artigo aponta a Teoria da Complexidade como uma nova base conceitual capaz de readequar a prática administrativa ao ambiente organizacional contemporâneo. Neste sentido, é apresentada a “Administração Complexa” – uma abordagem gerencial que leva para o universo das organizações os conhecimentos oriundos desta nova ciência. Com base no funcionamento dos chamados “sistemas complexos adaptativos”, são estabelecidos quatro conceitos-chave: autonomia, cooperação, agregação e auto-organização. Estes são sugeridos como os princípios da “Administração Complexa”. Com o objetivo de demonstrar a abordagem, é apresentado um estudo de caso realizado em uma organização industrial brasileira, a qual desenvolveu um sistema de gestão autônoma em uma de suas fábricas. Tal sistema ilustra o novo papel da administração que, ao deixar de se concentrar na prescrição e no controle, passa à tarefa de promover as condições para que desempenhos superiores possam surgir da atuação de indivíduos autônomos.
PALAVRAS-CHAVE
Complexidade, administração, autonomia, cooperação, auto-organização.
INTRODUÇÃO
Há algum tempo, é possível notar que o controle rigoroso de uma organização é impraticável. Tamanho é o número de relações – internas e externas, propiciadas por sistemas de comunicação capazes de interligar os mais distantes e distintos indivíduos – que é impossível saber os resultados de todas as interações e combinações possíveis.