Adjetivo: dá qualidade ou qualifica?
Em se tratando desse último (o adjetivo) resolvemos rever alguns conceitos, por isso nos propomos à discussão que ora se forma, cujo intuito é abordar algumas questões relevantes. Afinal, o adjetivo qualifica ou dá qualidade? Para incrementar a discussão é sempre bom partir de exemplos concretos, tais como:
Garota triste.
Alimento insípido.
Cheiro ruim.
Conversa monótona.
No intuito de irmos um pouco mais além, agora permeando no universo da análise sintática, o que sabemos sobre o predicativo do sujeito? Que ele dá qualidade a esse sujeito, haja vista que, morfologicamente dizendo, é representado por essa figura da qual falamos – o adjetivo, concorda?
Assim, perguntamo-nos:
Desde quando “triste/insípido, ruim e monótona” representam qualidades? Sim, pois, pelo que sabemos, o termo “qualidade” se encontra relacionado a uma ideia positiva, não é verdade?
Partindo desse princípio, voltamos à questão anterior: qualifica ou dá qualidade?
“Qualificar” tanto pode ser entendido sob o aspecto negativo quanto sob o positivo. Dessa forma, convenientemente, devemos acreditar que o adjetivo não dá qualidade, mas, sim, qualifica.
Há que se mencionar, antes de tudo, acerca de um fato que se torna cada vez mais evidente, e que sem sombra de dúvidas revela suas reais consequências, ora concebidas de modo negativo. A verdade é que grande parte dos professores não têm interesse em ensinar os conteúdos relacionados à gramática com base nas divisões concebidas por esta, ou