Adeus, pai
É, sem dúvida, un filme cheio de simbología e muito literário: o sonho, uma ilha, uma primeira paixão, uma paisagem idílica, um narrador, personagems que evolucionam e um flash-back que troca tuda a história.
Um dos aspectos dos que máis gostei é que a historia está narrada pelo protagonista, o Filipe. Gostei muito da forma em que descreve as paisagems, aos personagems (dize do taxista que tem os olhos muito doces, e que quando olhava para ele mesmo sentía que o estava a abraçar) e, inclusive, os estados de ânimo (quando no sonho o pai dize-lhe que tem cancro o Filipe dize “doeu-me como se me cravassem um ferro no peito”).
Outro elemento que acho que é muito literário são as meta-histórias. No filme contam-se muitas histórias sobre tudo em boca do pai. Ao final do filme o espectador da-se conta que tudo era uma história do Filipe que prefería imaginar um pai morto que um pai que não gostava do seu nascimento.
Talvez, o que máis maravilha ao espectador é a relação entre o pai e o filho. Ao longo do sonho a do pai evolução é muito grande. Já ao começo do filme, quando o pai entra no quarto e lhe dize ao Filipe de ires ás Ilhas Azores, mostra-se um cambio no personagem do pai (o Filipe, como narrador da história, está a contar que o seu pai nunca joga e também não faz nada com ele). Depois disto, quando estão nas ilhas, o pai confessa o seu filho que tem un cancro e que tem pouco tempo de vida e a relaçao entre pai e filho desgruda às máis altas alturas (confessam-se a realidade, o que Filipe sabia pero o que o seu pai nunca disse, que não quis ter filhos; conversam sobre namoradas; falam de home a home...)
Gostei muito deste filme e acho que a história do Filipe é a história de moitas crianças que não fazem vida com os seus