Acumulação Primitiva - Karl Marx
O texto aborda um dos capítulos mais importantes da obra O Capital, A Chamada acumulação Primitiva. É neste capítulo que Marx apresenta as principais causas do processo de passagem do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista. O autor utiliza como principal fonte o processo de acumulação do capital na Inglaterra.
O autor explica a acumulação primitiva como um processo histórico que dissocia o trabalhador dos meios de produção. Tal processo é denominado primitivo pois constitui a pré-história do modo de produção capitalista. Ele coloca a estrutura socioeconômica da sociedade capitalista como consequência da estrutura socioeconômica da sociedade feudal.
Na perspectiva marxista, no modo de produção capitalista atua um elemento principal, a exploração. Diante disso a sociedade feudal é vista como raiz da sociedade capitalista, onde há a sujeição do trabalhador. Com a desintegração dos feudos o trabalho se torna livre e o trabalhador pode vender sua força. Nesse novo modo de produção se apresentam dois atores, os donos dos meios de produção e proprietários que compram a força de trabalho; e o trabalhador que, diante da expropriação de seus meios de subsistência vende sua força de trabalho.
No final do sec. XV e inicio do sec. XVI ocorreu a desintegração da sociedade feudal, e é nesse contexto que um grande número de proletário é lançado no mercado de trabalho. Isso é resultado da expropriação, onde os camponeses se vêem privados da terra que é seu meio de produção e são obrigados a venderem sua força de trabalho em troca de salário.
Ao longo do processo de consolidação do capitalismo nota-se a redução da classe camponesa, antiga grande proprietária de terras, e a evolução da classe burguesa, resultado do surgimento da manufatura e de grande parte das terras que agora estavam em suas mãos.
Em geral, a acumulação primitiva do capital é o processo de passagem do modo de produção feudal para o modo de