Acumula o Primitiva
KARL MARX
O CAPITAL
CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA
LIVRO PRIMEIRO
O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CAPITAL
(cap. XXIV)
VICTOR CIVITA
(1907 - 1990)
Editora Nova Cultural Ltda.
Copyright © desta edição 1996, Círculo do Livro Ltda.
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Títulos originais:
Value, Price and Profit; Das Kapital -
Kritik der Politischen Ökonomie
davi_teixeira_oliveira@hotmail.com
A acumulação primitiva se caracteriza pela transição do feudalismo ao capitalismo iniciando pelo fator interno de produção, o acumulo de riquezas nas mãos dos senhores e a expulsão de pessoas que trabalhavam no feudo. Durante os sec. XV ao XVIII a Europa principalmente a Inglaterra passou por uma grande transformação por conta disso.
O que desencadeou o processo de desenvolvimento capitalista foram diversos fatores interligados, um deles foi a servidão, sofridos com uma grande pressão para aumentar a produção no feudo, os grandes tomadores de poder e riqueza começaram a perceber que para aumentar a produção e automaticamente aumentarem suas riquezas era inviável continuar com o sistema antigo de subsistência, onde o servo tinha um pedaço de terra e dela era retirado o excedente para se manterem. Tiveram que forçar algumas mudanças.
Acontece que estes servos passam a se tornar autônomos no mercado, sendo arrendatários livres, a grande maioria da população vivendo da agricultura e da produção rural.
Nesse meio termo acontece outro fator, os grandes proprietários começam a expulsar violentamente o campesinato de suas terras, deixando os pequenos produtores rurais sem casa e sem rumo, isto se torna em grande escala com o tempo. Influentes pelo florescimento da manufatura flamenga de lã e a alta de seus preços na Inglaterra, os camponeses que antes tinham suas pequenas lavouras tiveram que ser expulsos para dar espaços a pastagem de ovelhas. Os que ali ficaram nas pastagens sofriam de uma grande pressão para o aumento da produção de lã,