acordos de nova yorque
13-11-2012 | Fonte: Angop
Os acordos de Nova Iorque para a Angola assinados em 1988 contribuíram para a estabilidade da região austral, disseram hoje, terça-feira, em Luanda, os deputados António dos Santos França “Ndalu” e Fernando França Dias Van-Dúnem.
Os dois foram prelectores numa palestra sobre “A repercussão das negociações de Nova Iorque e o desenvolvimento da África Austral”, alusiva ao dia do diplomata, assinalado na segunda-feira, 12 de Novembro.
Enalteceram que sob “a sábia direcção” do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e das vitórias no campo militar, Angola conseguiu que se rubricassem acordos que permitiram a independência da Namíbia, a libertação da África do Sul do apartheid, e que se alcançasse a paz e a estabilidade da pátria angolana há 10 anos.
O general António dos Santos França “Ndalu” explicou que a guerra fria e existência de blocos antagónicos na luta por zonas de influência e desde que a guerra fosse distante dos seus países, levaram ao prolongamento do conflito armado na região austral do continente.
Sublinhou que a proposta do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, para criação de uma zona tampão ao longo da fronteira com a Namíbia foi respondida pela África do Sul com o massacre de Cassinga, em Maio de 1978, contra os combatentes do movimento independentista namibiano, SWAPO.
Frisou que a resolução 435/78 da ONU para a independência da Namíbia era frequentemente desrespeitada com a cobertura de potências ocidentais, que, na altura, condicionavam injustificadamente a retirada das tropas cubanas do solo pátrio angolano.
Os dois prelectores enumeraram um conjunto de iniciativas de negociações para independência da Namíbia e para a cessação das agressões militares sul-africanas contra Angola.
A vitória do Kuito Kuanavale, com sérias baixas sobre militares sul-africanos, sobretudo brancos, forçou a África do