Acordo ortográfico de 2008
Em termos históricos, de longa data, busca-se algum tipo de unificação entre os países que falam o Português.
Em 1945, houve uma proposta, que acabou sendo inaceitável para os brasileiros, pois se conservavam consoantes mudas e não articuladas, já abolidas em nosso país, além de haver radicalismo na questão da acentuação de paroxítonas – como acadêmico, ânimo, cômodo, econômico, efêmero, fenômeno, gênero, pânico, tônico – sobre as quais os portugueses queriam pôr acento agudo, e não circunflexo; Em 1986, houve um encontro no Rio de Janeiro, em que se fizerem presentes seis dos oito países lusófonos (Guiné-Bissau não veio, e o Timor Leste ainda não era independente), mas a tentativa de acordo foi abandonada, porque as propostas foram tidas como drásticas (em um dos itens, pretendia-se suprimir o acento em todas as palavras paroxítonas e proparoxítonas);
Em 1990, o encontro foi em Lisboa, e, por ser menos radical que o anterior, acabou sendo frutífero e, por ele, os signatários deveriam torná-lo lei em seus respectivos países, e a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras seriam as responsáveis pela publicação de um vocabulário ortográfico comum;
O ano de 1994 era a data prevista para se ultimarem as providências e entrarem em vigor as novas regras; em 2004, o encontro se deu em São Tomé, e lá estavam representados os oito países lusófonos.
Previa-se a entrada do acordo em vigor "com o terceiro depósito de instrumento de ratificação junto da República Portuguesa" e abriu-se a possibilidade de adesão do Timor Leste.
Neste encontro, pactuou-se data para entrar em vigor o acordo: "no primeiro dia do mês seguinte à data em que três Estados membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) tenham depositado, junto da República Portuguesa, os respectivos instrumentos de ratificação ou documentos equivalentes que os vinculem ao Protocolo".
Muito embora seu texto original e sua assinatura datem de 1990, optamos