Aconselhamento Centrado no Cliente e Gestalt
( O processo de Aconselhamento)
Carl Rogers é o precursor da intervenção na área do aconselhamento psicológico e define o papel do conselheiro como um facilitador do crescimento e desenvolvimento pessoal com vista à maior independência e integração dos clientes. Nesta modalidade do aconselhamento, é o conjunto das atitudes do conselheiro que permite ao cliente uma experiência de crescimento em direção à maturidade (NOGUEIRA, 2006).
Para o aconselhamento psicológico, Rogers apresentou uma abordagem em que o cliente possuía dentro de si capacidades para conduzir seus próprios assuntos. O papel do conselheiro era facilitar o processo de auto-exploração e crescimento pessoal do cliente, proporcionando um relacionamento estimulador no qual o cliente poderia expressar-se livremente e desenvolver novas percepções. Essa abordagem veio a chamar-se aconselhamento não-diretivo, pois o cliente deveria ser autodirigido sem interferências de conselhos do profissional. Os sentimentos do cliente sobre si mesmo passaram a ser considerados a preocupação central do aconselhamento, porque constituíam os elementos de autoconceito. Para Rogers, o autoconceito tem grande influência no modo das pessoas responderem aos desafios da vida.
Para a teoria centrada no cliente as pessoas têm valor positivo e o desejo de vir a “atuar integralmente”, viver o mais efetivamente possível. Conforme Rogers, ao permitir a uma pessoa desenvolver-se livremente, ela prosperará e tornar-se-á um indivíduo positivo e realizador.
O aconselhamento centrado no cliente baseia-se numa teoria da personalidade chamada teoria do eu (self theory). As percepções que a pessoa tem do próprio eu no contexto de seu meio determina seu comportamento e sua satisfação pessoal, ou seja, são a realidade para ela.
No aconselhamento centrado no cliente, o profissional aprende como ser um conselheiro, ao invés de como fazer aconselhamento. Deve se sentir bastante à vontade para tornar-se