Acolhimento e desmedicalização
O artigo faz uma discussão acerca do desafio que é fazer acolhimento numa lógica desmedicalizante que envolva equipes multidisciplinares. Reflete a importância dessas equipes em promover mudanças, retirando o médico da centralidade, extinguindo cada vez mais o modelo hospitalocêntrico, que transforma em necessidades médicas as vivências, os sofrimentos, que eram administradas de outras maneiras, no próprio ambiente familiar ou até mesmo nas comunidades, acentuando a realização de procedimentos técnicos, terapêuticos desnecessários e que são muitas vezes danosos ao usuário, substituindo-o por um modelo onde a integralidade inclua de fato o usuário, ocorrendo um acolhimento qualificado, criando um vínculo que possibilite a resolutividade dos problemas de saúde do usuário, atentando sempre para o contexto em que esse usuário está inserido, promovendo e protegendo a saúde do mesmo.
Por vez essa estratégia envolve arranjos institucionais de difícil execução, pois se propõe a trabalhar demanda espontânea, ampliação de acesso e uma missão prevista em constituição da Atenção Primária que é ser a porta de entrada do sistema, envolve ainda interesse, postura ética e de cuidado, respeito ao usuário, avaliação de risco, prioridades, percepção de necessidades clínico-biológicos, epidemiológicas, psicossociais, hierarquização de necessidades quanto ao tempo de cuidado, não transformando o acolhimento em PA, que tem suas consequências negativa, como, baixa autonomia do paciente, ineficácia ante doenças crônicas, baixo aproveitamento de outros profissionais de saúde e do trabalho em equipe e incapacidade de atuação em determinantes de saúde coletiva.
O artigo também ressalta a importância da capacitação clinica da equipe interdisciplinar ,para que os profissionais não médicos que no seu exercício diário não exercitam sua clinica ,tenho a capacitação de lidar com esta demanda, realizando