acne
Entenda o caso: para começar,o fato incontestado: A Petrobras fez um mau negócio ao comprar em 2006 a refinaria em Pasadena, nos EUA, como admitem os dirigentes de ontem e de hoje da estatal.
Não só porque o montade desembolsado supera em muito o atual valor de mercado da refinaria;também não faz sentido refinar petróleo brasileiro para o mercado americano, agora que é preciso importar combustíveis para Brasil.
Há três hipóteses,não excludentes entre si, para explicar a trapalhada:
1)azar,na forma de reviravoltas imprevisíveis da economia ; 2) imperícia, por riscos subestimados ou decisões equivocadas; 3)dolo,se funcionários e autoridades provocaram propositalmente as perdas para desviar recursos em proveito próprio.
A primeira e maos benigma das versões foi apresentada pela Petrobras .
A presidente Dilma Rousseff surpreendeu ao escolher a segunda: em nota, disse que o negócio só foi aprovado porque cláusula fundamentais eram desconhecidas.
As piores suspeitas - investigadas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de contas da União - derivam de lacunas nas narrativas da má sorte e da falha empresarial.
A compra e os motivos
As justificativas para a compra da refinaria (uma usina que transforma petróleo em combustíveis,então estagnados no Brasil,disparava nos Estados Unidos,em meio à euforia generalizada da economia americana.
O plano era adquirir uma refinaria obsoleta,mais barata,melhorar suas instalações e dapta-las ao tipo de petróleo mais produzido no Brasil.
Os dados nebulosos começam com o pagamento de US$360milhoes; por metade da refinaria de Pasadena,uma sucata adquirida um ano antes pela empresa belga Astra oil por US$42,5milhoes.
Segundo a Petrobras,a valor da compra foi US$ 190 milhoes ; os US$170 milhoes restantes seriam referentes aos estoques de petróleo e derivados da refinaria .
Alega-se que a escalada dos preços acompanhava o aumento das margens de lucro do refino do petróleo na época.