acidente com cobras
ACIDENTE OFÍDICO EM EQUINO- RELATO DE CASO
Jorge Tiburcio Barbosa de Lima1, Lucas Augusto Monteiro Magalhães Patrício2, Antônio Fernando de Amorim Farias3,
Luiz Carlos Fontes Baptista Filho4
Introdução
Existem no mundo cerca de 3.000 espécies de serpentes, sendo que 410 são consideradas peçonhentas e/ou venenosas
(Chippaux, 1998). No Brasil, em 1999, haviam sido cadastradas 256 espécies, sendo 69 consideradas venenosas, destas
32 pertence ao gênero Bothrops, seis ao gênero Crotalus, duas ao gênero Lachesis e 29 ao gênero Micrurus
(Barravieira, 1995).
Acidentes com animais peçonhentos são frequentemente relatados nas áreas rurais do Brasil (Silva & Lofego 2006) por fazendeiros, vaqueiros e também veterinários de campo, que acreditam que picadas de cobra são responsáveis por mortes de animais, gerando assim perdas econômicas aos pecuaristas (Sousa et al., 2011) .
Casos esporádicos de acidentes com serpentes dos gêneros Bothrops ocorrem em bovinos e equinos. Os ofídios desse gênero habitam lugares úmidos, plantações, pastagens e lugares não habitados pelo homem. Possuem hábitos noturnos, alimentam-se principalmente de pequenos roedores e atacam subitamente, erguendo o terço anterior do corpo sem serem percebidos (Boff, 1996).
A suscetibilidade dos animais domésticos ao veneno de Bothrops obedece à seguinte ordem decrescente: equinos, ovinos, bovinos, caprinos, suínos e felinos (Araújo & Belluomini, 1960/62). Grandes animais são mais resistentes ao veneno que animais pequenos, porque a quantidade de veneno necessária para produzir a morte é maior (Radostits et al.,
2002).
O veneno dos ofídios do gênero Bothrops, contém complexa mistura das enzimas, peptídeos e proteínas de pequena massa molecular, com atividades específicas, químicas e biológicas. Sua composição em geral contém: hialuronidase, que explica a rapidez da absorção, pela dispersão