Acho Que N O Conseguimos Quantificar O Valor Da Vida Humana
Acho que não conseguimos quantificar o valor da vida humana. Sabemos que é imensurável, por outro lado, seja pelo o acaso ou pela necessidade, historicamente, estamos sujeitos a uma “pressão natural”, ou melhor, sentimos sede e fome, passamos frio e calor. Filosoficamente, poderíamos nos apoderar das diversas concepções de sujeito que esta ciência nos oferece para embasar, aqui, um argumento instigante e provocativo. Mas, será que podemos numa sociedade pautada por relações hierárquicas, brancas e masculinas assumir como um privilégio, ou como uma missão o ato de estudar teologia, por exemplo? Será que o local em que me situo ao querer ver, é decisivo para o que se poderá ver?
Percebemos na leitura dos textos, que o lugar social da Maria Madalena teve uma importância fundamental para o “resultado” da ação evangelizadora na igreja primitiva. E sabemos também que, para a nossa “interpretação” dos textos, precisamos necessariamente assumir de modo consciente e consequente nosso lugar social. O que estou me referindo é, ao mesmo tempo, problemático e desafiante, pois somos condicionados e determinados pelo lugar social que nos encontramos, visto que, é a partir do lugar que conhecemos os interesses eclesiais, socioculturais e políticos em que se dão.
No mundo contemporâneo temos problemas no campo social, biotecnológico, no método científico, entre outros. Por outro lado, temos o magistério da Igreja que procura dar orientações éticas e universais tendo como horizonte a vontade de DEUS. Mas a singularidade da vontade de DEUS sobre nossa vida, ou seja, o desígnio particular para cada um de nós, talvez para alguns ou para a grande maioria, não fique tão clarificado assim.
Será que, enquanto cristãos, fomos formados e formamos irmãos capazes de refletir sobre “O que DEUS quer de mim?”. Confrontamos criticamente essa pergunta com a nossa história pessoal, explicitando qual o lugar social que ela vem