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28 à 31 de Julho de 2009, Rio de Janeiro (RJ)
Grupo de Trabalho: Sociologia da Cultura
Título do trabalho: Diversidade social ressemantizada: valorização ou reconhecimento existencial? Marcelo Fetz
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Campinas, Junho de 2009
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Diversidade social ressemantizada: valorização ou reconhecimento existencial?
Marcelo Fetz1
Introdução
A prática científica envolve inúmeros elementos sociais. Entre esses elementos, poderíamos citar as formas de comportamento que influenciam diretamente o fazer científico, bem como o universo social que, de certa forma, dará sentido aos elementos derivados do saber científico. Para além da própria organização da instituição científica, cabe ao sociólogo indagar sobre os demais processos sociais que a envolvem, na tentativa de trabalhar os conflitos e as disputas que, invariavelmente, estão presentes no ambiente institucional e social da prática desenvolvida por cientistas. É nesse sentido, portanto, que tentaremos pensar a vida científica, na tentativa de aprofundar a sua compreensão a partir de uma reflexão sociológica.
Mais do trabalhar a estrutura social situada no entorno do ambiente acadêmico e científico, o nosso foco estará voltado, antes de qualquer tarefa, para a própria lógica que rege a compreensão/explicação dos fenômenos sociais.
Entre esses fenômenos, estamos diretamente interessados na relação de sociabilidade que cientistas desenvolvem com populações detentoras de sistemas de conhecimentos que não são fundamentados por aquilo que convencionou chamar de racionalidade moderna, ou seja, pelo complexo teóricometodológico que caracteriza o fazer científico atual. Nesse sentido, um conceito chave surge em meio a presente temática, sendo de fundamental importância para pensarmos, diretamente, a relação de contato intercultural cuja finalidade seja o desenvolvimento científico e tecnológico a partir do