academismo e ilusionismo
Descartes não elaborou uma teoria estética, mas seu método e conclusões em relação à teoria do conhecimento foram decisivos no desenvolvimento da estética neoclássica. A busca da clareza conceitual, do rigor dedutivo e da certeza intuitiva dos princípios básicos invadiu o campo da teoria da arte. Combinaram-se elementos cartesianos e aristotélicos nos conceitos polissêmicos, isto e, com muitos sentidos, de razão e natureza. Artistas e críticos identificaram o seguir a natureza com o Seguir a razão, uma vez que a natureza do homem é ser racional.
Assim, o racionalismo estético, nos séculos XVII e XVIII, tentou estabelecer normas sólidas para o fazer artístico, mediante a dedução de um axioma fundamental e evidente por si mesmo. Esse axioma pode ser expresso nos seguintes termos: a arte é uma imitação da natureza que inclui o universal, o normativo, o essencial, o característico e o ideal. A natureza deve ser representada em abstrato, com as características da espécie. O ––princípio básico da arte, portanto, continua a ser a imitação, embora de cunho idealista.
Posteriormente, esses princípios foram reduzidos a um sistema, dando origem ao academismo, isto é, ao classicismo ensinado pelas academias de arte. E a chamada estética normativa, que estabelece regras para o fazer artístico, limitando a criatividade e a individualidade da intuição artística.
O academismo acaba por estrangular a vida da atitude naturalista na arte, abrindo espaço para indagações e propostas novas.
Classicismo
Em Arte, o Classicismo refere-se, geralmente à valorização da Antiguidade Clássica como padrão por excelência do sentido estético, que os classicistas pretendem imitar. A arte classicista procura a pureza formal, o equilíbrio, o rigor - ou, segundo a nomenclatura proposta por Friedrich Nietzsche: pretende ser mais apolínea que dionisíaca.
Alguns historiadores de arte, entre eles Giulio Carlo Argan, alegam