Academia de Platão
Academia de Platão, Academia Platônica ou Academia de Atenas foi uma escola fundada por Platão, por volta de 387 a.C. Trata-se da primeira universidade da história, na qual grupos de seus seguidores recebiam educação formal. A Academia continuou a existir até o século VI, quando o imperador Justiniano fechou-a como parte de seu plano de abolir a cultura helenista pagã.
Após sua viagem a Siracusa, Platão coloca em prática o projeto da Academia. Em “A República”, a obra mais conhecida do filósofo, temos a ideia de uma república ideal, onde não haveria propriedades ou casamentos, as crianças seriam educadas comunitariamente pelo Estado e longe dos pais. Tudo para prepará-las para serem filósofos-governantes e dentre eles sair o filósofo-rei.
Platão, como cidadão ateniense, pode comprar uma pequena propriedade no interior de uma área num dos mais belos subúrbios de Atenas. Considerada local público, esta era chamada Akademia ou Hekademeia, e ali havia um parque público com alamedas e belas árvores, adornada com estátuas, templos e sepulcros de homens ilustres onde haviam sido plantadas oliveiras. A Akademia era originalmente dedicada a um lendário herói ático chamado Akademos ou Hekademos, que emprestou seu nome à área.
A Academia era uma comunidade constituída pelos membros mais avançados e pelos jovens estudantes com diferentes graus de desenvolvimento. Somente aqueles que podiam se sustentar por um número considerável de anos se tornavam membros da Academia. Haviam diversas salas de aula e quartos para os discípulos, e Platão atuava como uma espécie de mentor, um guru intelectual, sem a hierarquia de um professor ou diretor. Não havia exames mas aparentemente, provas de maturidade, onde eram medidas as qualidades de estudo e de reflexão dos seus discípulos e ouvintes.
O mérito da Academia elaborada por Platão foi a de reunir pela primeira vez todas as características de uma verdadeira escola. Ao contrário das palestras dos gramatistés